A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como o país com maior prevalência de depressão na América Latina, em 2022. E a Organização Pan-Americana de Saúde indicou que a depressão é o principal motivo de incapacidade ao redor do globo, estimando que mais de 300 milhões sofram com o transtorno.
Classificada como uma doença multifatorial, a depressão tem diversos fatores de causa, como a genética, a bioquímica do cérebro e fatores ambientais, ligados a acontecimentos ao longo da vida.
Como existem diferentes variações da doença, como depressão clássica ou maior, bipolar, pós-parto, psicótica e outras, os tratamentos para depressão são variáveis, dependendo do tipo e dos sintomas que a pessoa apresenta. Mas existem alguns hábitos que podem ajudar a controlar a doença, como a atividade física.
Benefícios da atividade física para a depressão
Nem sempre é fácil fazer o que é preciso para alcançarmos a melhora do nosso estado de saúde, principalmente, quando esse problema é mental. No caso da depressão, a pessoa entra em um estado de vazio, apatia, tristeza e faz uma avaliação negativa de si, além de perder a energia.
Por isso, muitas vezes, a mudança de hábitos pode ser desafiadora, mas com o acompanhamento psicológico necessário é possível. As mudanças no estilo de vida para os pacientes que possuem depressão são importantes para restabelecer a saúde.
A prática de exercícios físicos atua de diferentes formas, melhorando o condicionamento físico e a capacidade psicológica e trazendo benefícios anatômicos e cardiorrespiratórios. Entre os benefícios anatômicos, podemos destacar:
- regulação do peso;
- melhora da postura;
- mais energia durante o dia;
- melhora do pensamento e capacidade cognitiva.
Entre os benefícios cardiorrespiratórios, podemos citar a melhora da respiração, da circulação sanguínea, fortalecimento do coração, prevenção de doenças relacionadas à obesidade e sedentarismo e fortalecimento do sistema imunológico.
Além disso, os exercícios também impactam na ampliação da capacidade física do indivíduo, aumentando sua força muscular, condicionamento físico, fortalecimento das articulações e também otimização do seu desempenho na realização de atividades rotineiras.
Para além dos benefícios citados, podemos ainda elencar outros que são mais genéricos, como a melhora da autoestima e da percepção de autoeficácia, do humor e bem-estar, diminuição dos pensamentos negativos e melhoria da convivência com as pessoas.
Quais os exercícios mais recomendados?
Os exercícios podem envolver a caminhada, corrida, musculação e crossfit. Além do exercício que será escolhido, a constância também é fundamental, por isso, devem ser praticados entre três a cinco dias na semana.
A corrida, um aeróbico de alta intensidade, pode ajudar na liberação de monoaminas cerebrais, que promove efeitos psicossociais e ajuda a aliviar os sintomas da doença.
A musculação também libera serotonina, que é importante para fortalecer as conexões das células cerebrais e na realização de funções do dia a dia. O que é responsável pela diminuição do cansaço, desinteresse e desânimo.
Ela também influencia na liberação de outros neurotransmissores importantes, como dopamina e adrenalina, além de ajudar a melhorar a liberação de insulina, trazendo mais energia para o corpo. E está associada a elevação da testosterona, hormônio que quando está presente em quantidades baixas, favorece o surgimento de problemas emocionais.
Além destes, existem outros exercícios que auxiliam no combate a depressão, ansiedade e estresse, como a natação, que pode fortalecer a musculatura, estimular a interação social, aumentar a capacidade respiratória, melhorar o sono e diminuir a insônia.
A yoga também entra para a lista, trazendo maior flexibilidade, desenvolvimento da mente, da concentração, controle da respiração e facilitando a meditação. Entre os benefícios da yoga, podemos citar o controle da pressão arterial, equilíbrio emocional, correção da postura e melhora na disposição.
Entre outras atividades físicas, que são mais dinâmicas e realizadas em grupo, podemos citar o jump e aulas de dança, como zumba. Elas ajudam na melhora da interação social, na queima de gordura corporal e na liberação de endorfina, o hormônio do bem-estar.
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