6 personagens da cultura pop que nos ensinam sobre psicologia

Tempo de leitura: 3 min

Escrito por mateus
em abril 20, 2023

Em maior ou menor grau, a psicologia sempre está ligada aos personagens das histórias que gostamos. Afinal, motivações, aflições e personalidade são formas de apresentar ao espectador aspectos da psique, como transtornos mentais ou outras questões psicológicas.

Isso pode ser percebido em praticamente todos os personagens da DC, heróis e vilões, mas também em muitos outros exemplos presentes na cultura pop. Conheça alguns deles e sua ligação com a psicologia abaixo.

Batman

A origem do Batman é o cerne para relacionar o herói à psicologia. Quando o ainda jovem Bruce Wayne viu seus pais serem assassinados na sua frente, isso acabou gerando um transtorno de estresse pós-traumático no menino. Como resultado, Bruce passou a ter sua vida afetada por pesadelos, insônia, ansiedade e lembranças aflitivas. Tudo isso porque ele se sentia responsável pela morte dos pais.

Isso acabou moldando a personalidade de Bruce e deu a ele um propósito de vida: combater o crime. Já adulto, ele resolve enfrentar um de seus grandes medos: a caverna que havia abaixo de sua mansão e onde moravam centenas de morcegos. Ele realiza esse enfrentamento por meio da chamada técnica de exposição, na qual a pessoa é apresentada ou exposta a situações que lhe dão medo. É nessas condições que ele consegue, finalmente, controlar o medo e incorporá-lo à sua personalidade.

A partir daí, Bruce resolve criar o Batman justamente para causar nos criminosos o mesmo efeito que os morcegos tinham nele: medo. Isso ressalta um ensinamento do psicanalista Carl Jung, que acreditava que dentro de todos os seres humanos havia uma luta entre ser aceito e sociável e um lado mais sombrio. No fim, o Batman é a personificação do lado sombrio de Bruce Wayne, na qual ele se parece justamente com o que combate para alcançar o seu objetivo.

O desdobramento dessa cruzada pessoal é que Bruce acaba desenvolvendo uma espécie de sinopse, em que ele tem compulsividade de ser um benfeitor e ajudar as pessoas. Entretanto, isso acaba criando um conflito consigo mesmo, já que ele acredita que nunca está sendo bom o suficiente, uma vez que a criminalidade não tem fim. Isso o leva a abrir mão de várias coisas na vida, como relacionamentos amorosos ou com mais amigos, levando-o a ter uma vida ainda mais solitária e infeliz.

A Turminha do Ursinho Pooh

Se você acha que as histórias do Ursinho Pooh e seus amigos são meramente inocentes e fofas, é melhor pensar novamente. Apesar de não saber exatamente se essa era a intenção do criador do personagem, o autor Christopher Robin, já foram feitos estudos que relacionam os personagens à psicologia e à saúde mental, principalmente analisando alguns dos episódios do famoso desenho do personagem.

Por exemplo, no caso de Pooh, a sua necessidade constante de comer mel pode ser um indício de que ele teria um transtorno alimentar. Pesquisadores também acreditam que ele tenha características de um indivíduo com TDAH (déficit de atenção e hiperatividade), que é quando há dificuldade em manter o foco em uma atividade e existem desejos e fixações obsessivas em determinados pontos. No caso dele, isso seria representado pelo seu esquecimento, pelas observações aleatórias e pelos pensamentos desordenados.

Já Leitão seria a representação de um transtorno de ansiedade generalizada, uma vez que o porquinho está sempre ansioso. Ele também acaba ficando em constante estado de alerta, já que qualquer acontecimento ou barulho repentinos faz com que ele entre em alarde. Já Tigrão seria outro exemplo de hiperatividade, não conseguindo ficar quieto de jeito nenhum. Ele também apresenta indícios de ter transtorno bipolar, alterando o seu estado de humor de alegre para bastante triste repentinamente.

No caso de Abel, o Coelho, a característica que se destaca é o fato de ele precisar manter as coisas organizadas constantemente — sinais de alguém que pode ter transtorno obsessivo compulsivo. Essa energia raivosa é gasta reorganizando tudo em sua vida, o que incomoda os amigos. Até mesmo Cristóvão pode ser um exemplo de esquizofrenia, uma vez que ele acredita que todos os personagens são imaginações de sua mente criativa.

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